
Conquistar a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) se tornou um sonho caro para milhões de brasileiros. Mais do que aprender a dirigir, quem deseja obter o documento precisa encarar o peso das taxas, aulas obrigatórias e altos custos que variam bastante de acordo com cada estado. Para muitos jovens, esse valor tem se tornado o principal obstáculo para sair da condição de candidato a motorista e assumir o volante de forma legal.
Nos últimos anos, o preço médio da CNH disparou em várias regiões do país. Em alguns estados, o processo já ultrapassa os R$ 4 mil, enquanto em outros ainda é possível encontrar valores próximos de R$ 2 mil. Essa diferença significativa reflete o custo de vida local, a concorrência entre autoescolas e as taxas cobradas pelos Detrans. O resultado é um cenário em que o mesmo documento pode custar quase o dobro dependendo do endereço do candidato.
Por que a CNH custa tão caro?
O processo para fazer a 1ª CNH envolve diversas etapas: exames médicos e psicológicos, aulas teóricas, aulas práticas, taxas de agendamento, uso do simulador e, por fim, as provas de legislação e de direção. Cada uma dessas fases tem um preço, e somadas chegam a valores que assustam. Além disso, a diferença regional também pesa, já que estados com menos autoescolas tendem a ter custos mais altos.
Quanto custa a CNH em cada estado
Confira abaixo a média de preços para a categoria AB (carro e moto), de acordo com os dados mais recentes levantados pelo portal N1N:
- Acre — R$ 3.906,06
- Alagoas — R$ 2.069,14
- Amapá — R$ 3.780,47
- Amazonas — R$ 3.418,75
- Bahia — R$ 4.120,75
- Ceará — R$ 3.020,97
- Distrito Federal — R$ 3.005,67
- Espírito Santo — R$ 2.338,76
- Goiás — R$ 2.600,39
- Maranhão — R$ 2.858,01
- Mato Grosso — R$ 2.964,04
- Mato Grosso do Sul — R$ 4.477,95
- Minas Gerais — R$ 3.968,15
- Pará — R$ 2.802,45
- Paraíba — R$ 1.950,40
- Paraná — R$ 3.670,83
- Pernambuco — R$ 3.416,44
- Piauí — R$ 2.401,00
- Rio de Janeiro — R$ 2.567,82
- Rio Grande do Norte — R$ 2.806,00
- Rio Grande do Sul — R$ 4.951,35
- Rondônia — R$ 2.355,22
- Roraima — R$ 3.828,40
- Santa Catarina — R$ 3.906,90
- São Paulo — R$ 1.983,90
- Sergipe — R$ 3.049,97
- Tocantins — R$ 2.985,33
Os extremos da lista
A Paraíba aparece como o estado mais barato, com custo médio de R$ 1.950,40. São Paulo também figura entre os mais acessíveis, ficando próximo de R$ 1.983,90. Do outro lado, o Rio Grande do Sul lidera como o mais caro do Brasil, chegando a R$ 4.951,35, seguido por Mato Grosso do Sul e Bahia, ambos acima de R$ 4 mil.
O impacto no dia a dia
Para quem depende da CNH para trabalhar, seja como motorista de aplicativo, entregador ou em funções que exigem deslocamento, o custo elevado pode adiar sonhos e oportunidades. Para muitos jovens, tirar a carteira significa também independência e mobilidade. No entanto, diante de valores tão altos, a realidade é que muitos acabam desistindo ou adiando o processo.
Debates e possíveis mudanças
O debate sobre como reduzir os custos para tirar a CNH já ganhou espaço no Congresso Nacional. Entre as propostas em análise, está a possibilidade de o candidato decidir se prefere frequentar uma autoescola ou estudar por conta própria, algo que poderia baratear o processo. A ideia, no entanto, não é consenso. Especialistas em segurança viária chamam atenção para os riscos de flexibilizar demais a formação, lembrando que a falta de preparo adequado pode resultar em mais acidentes nas ruas e estradas.
Enquanto nenhuma mudança sai do papel, os brasileiros seguem enfrentando um dos processos de habilitação mais caros do mundo. O valor alto da CNH pesa no orçamento e mantém o tema em evidência, alimentando discussões que devem se intensificar nos próximos anos, sempre no equilíbrio entre acessibilidade e segurança no trânsito.
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